Jardins Orientais



Durante uma viagem à China, José Berardo ficou maravilhado com a história, cultura e modo de vida, especialmente, pela influência dos Portugueses no Oriente durante 200 anos. Os dois jardins orientais são uma tentativa de recriar essa cultura, ligada ao Budismo, com o seu respeito pela Natureza e os seus elementos simbólicos bastante demarcados.

À entrada do Jardim Oriental, nas áreas a Norte, há dois cães de Fó, em mármore, animais míticos do Oriente geralmente encontrados nas entradas dos templos, actuando como guardiães. Nas suas bocas entreabertas encontra-se uma bola móvel que, de acordo com a crença chinesa, dá boa sorte àqueles que lhe derem uma volta completa.

A decoração tem por base o estilo oriental e por isso, podem ver-se vários pagodes, que originalmente tinham por finalidade alojar relíquias ou marcar locais sagrados.

Para além destes, o visitante pode também observar esculturas Budistas, tais como, um dragão em mármore rodeado por crianças representando a fertilidade, bancos de pedra com decorações orientais e várias lanternas também em pedra.

Importa ainda referir uma componente fulcral neste tipo de jardins, a água, que abunda nas lagoas e cascatas, com ilhas e pontes ornamentais. Ao lado das lagoas dos peixes Koi, encontram-se dois ornamentos em bambu em forma de cachimbo. Quando estes ficam cheios de água e a descarregam para a lagoa, o ruído que daí resulta, para além de afugentar os pássaros, sugere a passagem tempo.

Proveniente da Ásia encontra-se uma espécie de cica, a Cyca revoluta, e em ambos os jardins orientais vêem-se vários fetos arbóreos, cuja vegetação verde luxuriosa contrasta com o vermelho e preto das pontes e varões.

Existem ainda plantas como a camélia, Camellia japonica, de folhagem permanente, muito apreciadas pelo número de flores que produz, sobretudo, no Inverno e na Primavera.